Noel, o irmão mais velho, consagrou-se como o grande compositor de hits como Wonderwall, Don't Look Back In Anger, Live Forever, dentre outras (a lista é interminável), enquanto Liam emprestava a sua voz à maioria das canções. Mas o tempo é sábio e as pessoas amadurecem - ou pelo menos deveriam. Com a banda dando uma pausa em suas atividades, o caçula Liam formou o Beady Eye, enquanto Noel seguiu em uma bem sucedida carreira solo com os High Flying Birds, sua banda de apoio. Chasing Yesterday é o segundo disco solo de Noel Gallagher, tendo estreado no topo da parada britânica esta semana. E, como fãs do rock praticado pelo cantor/guitarrista e compositor inglês, não poderíamos deixar o álbum passar em branco.
As letras continuam versando sobre relacionamentos, sempre em uma nota melancólica mas nunca depressiva. Que Noel não é nenhum grande poeta é notório, mas suas palavras soam sinceras e as letras se encaixam bem na sonoridade rock/pop psicodélica do álbum. Os primeiros singles, In the Heat Of The Moment e The Ballad Of The Mighty I têm aquela cara típica de hit, com um balanço perfeito para as rádios pop/rock da vida. Como outros destaques podemos citar Lock All The Doors You Know We Can't Go Back, com sua melodia grudenta e bateria vibrante. A primeira faixa, Riverman, lembra muito trabalhos anteriores do artista, assim como as baladas The Dying Of The Light e The Girl With X-Ray Eyes. Talvez as faixas mais "diferentes" sejam The Right Stuff, com sua levada soft e vocais femininos, com presença de sopros que dão um ar jazzístico ali pelo meio da música, e While The Song Remains The Same, a mais psicodélica de todas. Um disco curto, sem grandes novidades e, por isso mesmo, agradabilíssimo de se ouvir - um ótimo lançamento que nos remete a uma memória familiar e confortável, sem maiores desafios ou pretensões.
Nota: 7,5
Nenhum comentário:
Postar um comentário