sexta-feira, 24 de abril de 2015

Um encontro e um documentário: A Cidade, de Liliana Sulzbach

Sempre considerei o documentário como um dos grandes gêneros cinematográficos, embora pouco apreciado. Existem histórias que, de tão absurdas, só poderiam ser reais e cuja ficção seria taxada de inverossímil. E, justamente por saber que as situações ali retratadas são reais, o impacto torna-se ainda maior.

Há alguns dias atrás tive o prazer de encontrar a prima Liliana Sulzbach na festa da nossa família que ocorre anualmente, onde fui presenteado com um exemplar do curta-metragem A Cidade, uma de suas mais recentes produções. Pra quem não sabe, a Liliana é uma cineasta gaúcha com vasta experiência em documentários, tendo inclusive trabalhado na Alemanha. A maioria dos seus filmes são curta-metragens, tendo seu único longa-metragem (O Cárcere e a Rua, de 2004) sido premiado como melhor documentário no Festival de Cinema de Gramado. Dentre outras premiações, podemos ainda citar passagens por festivais como o de Berlim e Chicago, dentre outros - o que não é pouca coisa. Tentando deixar a corujisse de lado, afinal fazemos parte da mesma família, é um orgulho enorme poder me deparar com um trabalho tão belo por alguém tão próxima.


Jornalista com mestrado em Ciências Políticas, Liliana tem a sensibilidade necessária para tratar de temas sociais e delicados. Foi assim com o supracitado O Cárcere e a Rua, onde acompanhou a vida de três detentas de uma penitenciária em Porto Alegre, e acontece novamente neste A Cidade. Realizado sob forma de um webdocumentário (pode ser assistido online em um site interativo), este curta-metragem mostra um pouco da realidade da Colônia de Itapuã, localizada em Viamão/RS, onde a população é de apenas 35 moradores (todos acima de 60 anos). Ou seja, uma comunidade prestes a desaparecer. Como essas pessoas foram parar ali? De que forma criou-se esta situação? Confesso que não sabia nada da história antes de assistir, o que tornou o impacto da obra ainda maior.

A rotina dos moradores, com seus hábitos bem característicos, é retratada com extremo carinho pela câmera que, nas diversas horas de filmagens cuja equipe passou com os moradores, parece desaparecer - em um belo trabalho de edição. A fotografia nos presenteia com imagens lindas do local a medida em que elegantemente ocorrem as transições de imagens de arquivo até o tempo presente. Impossível também não se emocionar e envolver com os carismáticos moradores da localidade e suas histórias de vida, bem como a amizade que nutrem uns pelos outros. Mesmo com a curta duração do filme (o DVD possui duas versões do filme, uma de 15 e outra de 25 minutos), nos tornamos íntimos daquelas figuras tão amáveis, o que talvez seja o maior mérito da obra.

Liliana atualmente está envolvida em uma mini-série para a TV baseada nas canções do lendário grupo gaúcho Saracura, que teve na sua formação Nico Nicolaiewsky (Tangos & Tragédias) e esteve na ativa entre os anos 70 e 80. Dirigida e roterizada pela cineasta, a série deve ir ao ar até o final do ano.

Para assistir A Cidade online, além de navegar pelos menus interativos, acesse www.acidadeinventada.com.br.




Um comentário:

  1. Cinema: de qualidade e crítico, eis aí do que precisamos.
    Fome, falta de moraria, atraso, escolas ruins, falta de hospitais, breguices políticas e culturais: concreto...
    O resto são frasinhas:

    Fez-se nadinha em 13 anos para esse mal brasileiro horroroso. Apenas propagandas e publicidades e propagandas. Frasinhas.

    O PT© pratica lavagem cerebral. Vejamos:

    Trazendo a mente algo recente na nossa política. Observe:
    Com a "Copa das Copas®" do PT® em vez de se construir hospitais, construiu-se prédios inúteis! A Copa das Copas®, do PT© e de lula®.

    Qual o poder constante da propaganda ininterrupta do PT©?
    Eis:

    Mas apenas um frio slogan, o LUGAR DE FALA do Petismo® (tal qual “Danoninho© Vale por Um Bifinho”/Ou: “Skol®: a Cerveja que desce Redondo”/Ainda: “Fiat® Touro: Brutalmente Lindo”). Apenas signos desubstancializados. Sem corporeidade.

    Aqui a superficialidade do PETISMO®:
    Apenas signos descorporificados. Sem substância. Não tem nada a ver com um projeto de Nação. Propaganda:
    Nem tudo que é legal é honesto:
    0. “Pronatec©”
    1. “Pátria Educadora™” [Buá; Buá; Buá].
    2. “Coração Valente©” (super fake)
    3. “A Copa das Copas®”
    4. “Fica Querida©”
    5. “Impeachment Sem Crime é Golpe©” [lol lol lol]
    6. “Foi Golpe®”
    7. “Fora Temer©”
    8. “Ocupa Tudo®”
    9. “Lula Livre®”
    10. “®eleição sem Lula™ é fraude” [kuá!, kuá!].
    11. “O Brasil Feliz de Novo®” (fake)
    12. “Lula é Haddad Haddad é Lula®” [kkk]
    13. “Ele não®”.
    14. “Minha Casa, Minha Vida©”
    15. “Saúde não tem preço®”
    16. “Haddad® agora é verde-amarelo®” [rsrs].
    17. “Bolsa Família®”
    18. “LUZ para todos™”(kkk).
    19. (…e agora…): “Ninguém Solta a Mão de Ninguém©”
    20. “Água para todos©” (é mesmo?)
    21. “Rede cegonha©”
    22. PT® = “Controle social da mídia” [™] (hi! hi! hi!): desejo do petismo.
    23. “Brasil Carinhoso©” [que momento açucarado].
    24. “bela, recatada e do lar®” PT é uma piada ridícula!
    25. “Mais Médicos®”
    26. “SKOL®: a Cerveja que desce RedondO”.

    PT© é vigarista e aderente ao charlatanismo.

    Vive de ótimos e CALCULADOS mitos propagandísticos.

    O PT© vive de lavagem-cerebral.

    O tal de: “me engana que eu compro”. PT® e PCdoB® são o Kitsch políticos. Bregas. Nivelam tudo por baixo. A arte, a cultura e a educação. Sobretudo a educação dos guris e gurias de todo o Brasil.

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