Hoje quem fala a respeito do filme de sua vida é o amigo, ex-colega de trabalho, jornalista e produtor de moda Douglas Petry - aliás, os trabalhos dele quando era editor o Caderno Mais Atual, do jornal A Hora, eram dignos dos melhores encartes dos periódicos da capital. O Douglas escolheu um filme que, particularmente, também me emociona. E que, com certeza, é dos favoritos da casa aqui no Picanha. Confira!
Escolher apenas um filme é um desafio. Muitos me marcam, encantam e emocionam. Para este espaço decidi por um título que assisti ainda na adolescência e está na minha lembrança até hoje. Cinema Paradiso (Nuovo Cinema Paradiso), é um longa italiano, que narra a história de Totó, um coroinha que corre para o cinema depois das missas, e Alfredo, um projecionista.
Na infância, Totó era apaixonado pela sétima arte e ia ao cinema escondido. Desenvolveu uma relação com Alfredo, que foi perdida quando se mudou par Roma, onde se tornou um bem sucedido cineasta. Retorna à cidade do interior 30 anos depois, ao receber um ligação da mãe contando que o projecionista morreu e o cinema será destruído para a construção de um estacionamento. Logo de cara se percebe que a história gira em torno, na realidade, da paixão pelo cinema.
A sensibilidade da história é dosada com humor e belos cenários de Sicília, na Itália. Impossível não se encantar com a relação entre Alfredo e o menino, que se estreita no decorrer da história e arranca lágrimas ao final, quando o crescido Totó assiste um rolo feito pelo amigo com todas as cenas cortadas dos filmes exibidos no Cinema Paradiso por censura do padre.
A maior reflexão que o longa provoca é sobre a “baixa” dos cinemas de rua, que começou justo na época do lançamento, em 1988, quando os shoppings começaram a se popularizar e as salas de exibição irem para dentro destes espaços. Outro ponto forte é a trilha sonora. Ouso dizer que é a responsável por boa parte da sensibilidade das cenas. Com certeza uma história marcante, que ficará para sempre em minha memória, principalmente pela canção tema, com o mesmo nome do filme.
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