Agora, já na casa dos 50 e alguma coisa, os integrantes da banda poderiam ficar de boas, nas suas casas de campo, fazendo shows aqui e ali, engordando as suas contas bancárias e replicando padrões que eram motivo de deboche no passado. Mas e as inquietações? Em alguma medida o mundo já não é mais o mesmo do que era nos anos 90, quando fazia todo o sentido uma certa análise do provincianismo britânico, que resultaria em clássicos como Country House ou Charmless Man. Atualmente, as pessoas precisam lidar com pandemia, extrema direita, guerras, tecnologias e outros temas que, aqui e ali, ganham eco na voz agridoce e melancólica de Albarn. Sim, ele também teve seus demônios particulares revolvendo suas entranhas - como foi o caso do término de um longo relacionamento (com Justine Frischmann). A vida adulta bateu e não faz mais sentido pensar no britpop sendo esmagado por músicas como Song 2. Assim, The Ballad of Darren, o nono álbum, é um projeto maduro, paciente e melódico, como comprovam as ótimas Barbaric, The Narcissist e The Heights. Bem-vindos de volta!
Nota: 8,5
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