quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Picanha em Série - Wet Hot American Summer (1ª Temporada)

O astro Bradley Cooper - dos filmes O Lado Bom da Vida, Trapaça e Sniper Americano - tinha apenas 26 anos quando participou do filme besteirol Mais Um Verão Americano, em 2001. Em início de carreira, ele havia tido apenas participações especiais em episódios de séries como The $treet e Sex and the City. Nada muito expressivo. Na verdade Mais Um Verão Americano era seu primeiro longa e, é preciso que se diga, ele estava muito longe de se tornar a estrela de hoje, um dos atores mais bem cotados em Hollywood, com três nominações ao Oscar, justamente pelas películas aqui citadas anteriormente. Sequer o tão falado (e divertido) Se Beber Não Case! estava no horizonte - o filme de Phil Wenneck aportaria nas telonas apenas no ano de 2009.

Bom, e você deve estar se perguntando o por quê de todo esse falatório em relação ao ator americano. É simples: o astro é um dos destaques da recém lançada série - que está disponível desde a semana passada na plataforma de streaming Netflix - Wet Hot American Summer: First Day of Camp, que retoma boa parte da equipe do acampamento Firewood (e do elenco!), vista naquele filme, para novas e absurdas aventuras. E se tem algo que importa de fato nessa série em oito episódios é ver um monte de artistas com carreiras consolidadas - Cooper entre eles - se envolvendo nas mais absurdas situações, em um roteiro que é o mais puro besteirol no estilo Saturday Night Live. Além de Cooper, estão no elenco Janeane Garofalo, Paul Rudd, Amy Poehler, Elizabeth Banks, David Hyde Pierce e Molly Shanon, entre outros.


Pra quem não se lembra - ou mesmo não viu o filme - a história se passa no verão de 1981, quando um grupo de adolescentes vai para um acampamento sob a supervisão de Beth (Garofalo). Com o encontro chegando ao fim, os jovens decidem aproveitar ao máximo o que ainda resta da estada, não sem antes esclarecer romances mal resolvidos e solucionar pendências que envolvem amizades, crescimento e superação de medos. Sim, o enredo parece sério, mas tudo não passa de uma grande sátira a filmes adolescentes dos anos 80, como Porky's, Curtindo a Vida Adoidado e Clube dos Cinco. Só que tudo feito com o máximo de exagero, com penteados cafonas (assim como essa palavra, diga-se!), figurino brega, frases de efeito, músicas de gosto duvidoso e situações absurdas que, muitas vezes eram levadas ao extremo, nas leves comédias que passavam na Sessão da Tarde.

A série retoma essa ideia, mas amplia seu espectro, gerando inúmeras situações absurdas e sem noção e que, eventualmente, quase fazem lembrar os melhores esquetes de Monty Phyton. Nesse sentido, para curtir cada um dos episódios, é fundamental não levar o programa a sério, por mais que, no fundo, ainda haja tempo para uma trama que envolva conspiração governamental, disputas de poder e problemas ambientais que resultarão em engraçadíssimas cenas de tribunal. As sequências envolvendo uma jornalista, um músico em depressão, uma "gangue rival", problemas da adolescência e um show de calouros, garantirão muitas risadas! Gostando ou não do filme de 2001, que mais tarde teria a sua fórmula de paródia repetida quase a exaustão, o fato é que vale muito a pena ver Rudd, Cooper, Poehler e companhia claramente se divertindo, em cada episódio. Não à toa, cada um deles topou a empreitada de levar de volta as telas um filme que era apenas médio, agora no formato de um longa. E ainda conseguiram levar consigo outros tantos atores em pontas e participações especiais inacreditáveis. Não vou mentir: os oito episódios deixaram vontade de mais. Que venha a segunda temporada!




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