#1 Azul é a Cor Mais Quente
Famosa por sua longa e gráfica cena de sexo entre as duas atrizes principais a obra é, muito além da cena citada, uma visceral história de amor e um estudo de personagem sensível que acompanha, ao longo de suas três horas de duração, a vida de Adèle (Adèle Exarchopoulos), sua rotina do acordar ao fim do dia, até o momento em que cruza seu caminho Emma (Léa Seydoux) e a inevitável paixão que brotará a partir dali. Com um naturalismo impressionante, o filme faz com que as sensações do amor e as dores decorrentes deste sentimento sejam vivenciados pelo público. Uma experiência ousada, em uma entrega pelas atrizes poucas vezes vistas na história do cinema.
#2 Me Chame Pelo Seu Nome
Baseado no livro homônimo de André Aciman, o filme narra a história de amor entre Elio (Timothée Chalamet), um rapaz de 17 anos, e Oliver (Armie Hammer), um homem mais velho que vai se hospedar na casa do seu pai durante um verão na Itália dos anos 80. Com belas paisagens e de forma muito sensível, a obra mostra a descoberta das inclinações sexuais e amorosas de Elio e, consequentemente, as marcas que um grande amor pode deixar naqueles que o vivenciam. Contando ainda com um monólogo final arrebatador e uma trilha sonora lindíssima (composta pelo músico Sujfan Stevens), Me Chame Pelo Seu Nome é um tratado incrível sobre o amor em todas as suas formas, independente de orientação sexual. Qualquer pessoa que já tenha vivido uma grande paixão certamente irá se emocionar.
#3 Priscilla, a Rainha do Deserto
Filme de muito sucesso nos anos 90, Priscilla, a Rainha do Deserto, é um road movie que mostra a trajetória das personagens Tick (Hugo Weaving), uma drag queen, Bernadette (Terrence Stamp), uma mulher trans, e Adam Whitely (Guy Pearce), drag queen que, a bordo do ônibus Priscilla, atravessam o deserto australiano levando seu show para uma população que, por vezes, os recepcionará de maneira hostil. Apesar de momentos dramáticos, a leveza do filme vem do carisma de seus protagonistas e também da trilha sonora que conta com músicas de Gloria Gaynor, Village People, ABBA, entre outros, o que fez com que diversos espectadores do mundo todo se familiarizassem com a cultura queer.
#4 O Segredo de Brokeback Mountain
Uma das mais tristes e emocionantes histórias de amor do cinema, o premiado filme do cineasta Ang Lee narra a história de dois cowboys que, ao passarem um período na montanha do título afim de trabalhar lidando com um bando de ovelhas, acabam se apaixonando. Sim, o estereótipo do machão americano - que toma um trago e fala grosso - também possui sentimentos. Pra complicar ainda mais ambos são casados e estão vivendo na década de 60. O poder da obra vem da representação deste amor que, mesmo sendo considerado proibido, atravessará o tempo - e as atuações de Heath Ledger e Jake Gyllenhaal são maravilhosas em demonstrar o júbilo e a tragédia deste sentimento inevitável e que será vítima, como tantos outros casos, da intolerância de uma sociedade.
Premiado em diversos festivais, o filme do diretor Todd Haynes conta a história de duas mulheres: a jovem Therese Belivet (Rooney Mara), que tem um emprego entediante na seção de brinquedos de uma loja de departamentos, e a elegante Carol Aird (Cate Blanchett), uma cliente que busca um presente de Natal para a sua filha. As duas se aproximarão em uma época - no caso a Nova York dos anos 50 - em que o papel da mulher na sociedade deveria ser apenas o de esperar o marido no fim do dia com o jantar pronto e a casa arrumada. Absolutamente charmoso, o filme tem a sua força nas sutilezas, nos detalhes, nos gestos e na voz tranquila. E nas interpretações magníficas da dupla de protagonistas.
Película desenvolvida de forma fluída, sem exageros, nos mostra três momentos da vida de Chiron, um jovem negro morador de uma comunidade pobre de Miami. Do bullying da infância, passando pela crise de identidade da adolescência e a tentação do universo do crime e das drogas, essa verdadeira obra-prima moderna, realiza um belo estudo de personagem. Nunca estereotipado, Chiron é mostrado como alguém que alcança certo status, mas que guarda para si uma série de segredos, resultado de uma sociedade preconceituosa e racista. O terço final, absolutamente poético e romântico, está entre os grandes momentos do cinema moderno. Talvez para eternidade o filme sempre seja lembrado pela confusão gerada ao final da cerimônia do Oscar daquele ano. Mas, justiça seja feita, Moonlight é MUITO MAIS FILME que La La Land.
Poucos filmes serão mais tocantes e afetuosos na abordagem do amor do este belo exemplar de nosso cinema. A trama é centrada em Leonardo (Guilherme Lobo), adolescente cego que, ao mesmo tempo em que tenta lidar com a mãe superprotetora, tenta obter a sua independência. A chegada de um outro menino a cidade, de nome Gabriel (Fabio Audi) fará com que novos sentimentos surjam em Leonardo, modificando totalmente a sua percepção sobre a sexualidade. Com ambientação extremamente naturalista, a obra alterna momentos divertidos, dramáticos e românticos em igual medida, transformando a película em um verdadeiro tratado geral sobre a adolescência, apresentando um viés muito mais romântico do que, necessariamente, engajado (o que não é um demérito, nesse caso).
É até difícil escolher apenas um filme do Almodóvar para figurar nessa lista, já que não são poucos os que, de alguma forma, abordam a temática LGBTQI+ - sendo Má Educação (2003) um dos mais provocativos e o recente Dor e Glória (2019) um dos mais poéticos. Neste, acompanhamos o drama de Manuela (Cecilia Roth), que perde o filho Esteban (Eloy Azorín) na noite do aniversário do jovem. Alguns dias depois, lendo os diários do filho, Manuela encontra um manuscrito que dá conta do desejo do rapaz de conhecer o seu pai. É neste momento que a devastada mãe resolve ir a Barcelona para tentar um encontro com o pai de Esteban, vivido por Toni Cantó. Mas há um problema: o homem atualmente é a travesti Lola. E faz 18 anos que Manuela não lhe vê. O filme é uma jornada divertida e comovente, voltada a "todas as mulheres".
Filme que deu a Sean Penn a estatueta do Oscar na categoria Melhor Ator na cerimônia de 2009, a obra de Gus Van Sant retorna aos anos 70 para contar a história do ativista gay Harvey Milk, primeiro homossexual a ser eleito para um cargo público nos Estados Unidos. A trama começa com Milk se mudando para San Francisco ao lado do namorado Scott (James Franco), onde abre uma loja para a revelação de filmes fotográficos. Enfrentando o preconceito e a intolerância que marcam o período, o protagonista passa a buscar direitos iguais para todos, sem discriminação sexual. Trata-se de um filme vibrante, que marca o esforço de um sujeito que enfrenta a violência e que conta com o apoio de amigos e voluntários para alcançar os seus objetivos.
Café da Manhã em Plutão (2005) pode até ser o filme mais contundente do diretor Neil Jordan sobre a temática, mas dificilmente algum será mais surpreendentemente inesquecível do que a obra lançada em 1992. Na trama, um soldado inglês vivido por Forest Whitaker é sequestrado pelo IRA, mas desenvolve uma curiosa amizade com o guerrilheiro (Stephen Rea) encarregado de vigiá-lo. Quando o soldado morre, o guerrilheiro resolve ir atrás de sua ex-mulher para comunicar o ocorrido - mas acaba se apaixonando por ela. Misturando política, ataques terroristas e romance LGBTQI+, o filme reserva para seu segundo ato uma sequência que pegará o espectador de "surpresa", numa obra que subverte estereótipos, sendo extremamente original (não por acaso, seu Roteiro foi o vencedor no Oscar).
Bom, é óbvio que existem muitos outros filmes sobre o tema mas, o que acharam da lista? Deem suas opiniões!
#5 Carol
Premiado em diversos festivais, o filme do diretor Todd Haynes conta a história de duas mulheres: a jovem Therese Belivet (Rooney Mara), que tem um emprego entediante na seção de brinquedos de uma loja de departamentos, e a elegante Carol Aird (Cate Blanchett), uma cliente que busca um presente de Natal para a sua filha. As duas se aproximarão em uma época - no caso a Nova York dos anos 50 - em que o papel da mulher na sociedade deveria ser apenas o de esperar o marido no fim do dia com o jantar pronto e a casa arrumada. Absolutamente charmoso, o filme tem a sua força nas sutilezas, nos detalhes, nos gestos e na voz tranquila. E nas interpretações magníficas da dupla de protagonistas.
#6 Moonlight: Sob a Luz do Luar
Película desenvolvida de forma fluída, sem exageros, nos mostra três momentos da vida de Chiron, um jovem negro morador de uma comunidade pobre de Miami. Do bullying da infância, passando pela crise de identidade da adolescência e a tentação do universo do crime e das drogas, essa verdadeira obra-prima moderna, realiza um belo estudo de personagem. Nunca estereotipado, Chiron é mostrado como alguém que alcança certo status, mas que guarda para si uma série de segredos, resultado de uma sociedade preconceituosa e racista. O terço final, absolutamente poético e romântico, está entre os grandes momentos do cinema moderno. Talvez para eternidade o filme sempre seja lembrado pela confusão gerada ao final da cerimônia do Oscar daquele ano. Mas, justiça seja feita, Moonlight é MUITO MAIS FILME que La La Land.
#7 Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
Poucos filmes serão mais tocantes e afetuosos na abordagem do amor do este belo exemplar de nosso cinema. A trama é centrada em Leonardo (Guilherme Lobo), adolescente cego que, ao mesmo tempo em que tenta lidar com a mãe superprotetora, tenta obter a sua independência. A chegada de um outro menino a cidade, de nome Gabriel (Fabio Audi) fará com que novos sentimentos surjam em Leonardo, modificando totalmente a sua percepção sobre a sexualidade. Com ambientação extremamente naturalista, a obra alterna momentos divertidos, dramáticos e românticos em igual medida, transformando a película em um verdadeiro tratado geral sobre a adolescência, apresentando um viés muito mais romântico do que, necessariamente, engajado (o que não é um demérito, nesse caso).
#8 Tudo Sobre Minha Mãe
É até difícil escolher apenas um filme do Almodóvar para figurar nessa lista, já que não são poucos os que, de alguma forma, abordam a temática LGBTQI+ - sendo Má Educação (2003) um dos mais provocativos e o recente Dor e Glória (2019) um dos mais poéticos. Neste, acompanhamos o drama de Manuela (Cecilia Roth), que perde o filho Esteban (Eloy Azorín) na noite do aniversário do jovem. Alguns dias depois, lendo os diários do filho, Manuela encontra um manuscrito que dá conta do desejo do rapaz de conhecer o seu pai. É neste momento que a devastada mãe resolve ir a Barcelona para tentar um encontro com o pai de Esteban, vivido por Toni Cantó. Mas há um problema: o homem atualmente é a travesti Lola. E faz 18 anos que Manuela não lhe vê. O filme é uma jornada divertida e comovente, voltada a "todas as mulheres".
#9 Milk: A Voz da Igualdade
Filme que deu a Sean Penn a estatueta do Oscar na categoria Melhor Ator na cerimônia de 2009, a obra de Gus Van Sant retorna aos anos 70 para contar a história do ativista gay Harvey Milk, primeiro homossexual a ser eleito para um cargo público nos Estados Unidos. A trama começa com Milk se mudando para San Francisco ao lado do namorado Scott (James Franco), onde abre uma loja para a revelação de filmes fotográficos. Enfrentando o preconceito e a intolerância que marcam o período, o protagonista passa a buscar direitos iguais para todos, sem discriminação sexual. Trata-se de um filme vibrante, que marca o esforço de um sujeito que enfrenta a violência e que conta com o apoio de amigos e voluntários para alcançar os seus objetivos.
#10 Traídos Pelo Desejo
Café da Manhã em Plutão (2005) pode até ser o filme mais contundente do diretor Neil Jordan sobre a temática, mas dificilmente algum será mais surpreendentemente inesquecível do que a obra lançada em 1992. Na trama, um soldado inglês vivido por Forest Whitaker é sequestrado pelo IRA, mas desenvolve uma curiosa amizade com o guerrilheiro (Stephen Rea) encarregado de vigiá-lo. Quando o soldado morre, o guerrilheiro resolve ir atrás de sua ex-mulher para comunicar o ocorrido - mas acaba se apaixonando por ela. Misturando política, ataques terroristas e romance LGBTQI+, o filme reserva para seu segundo ato uma sequência que pegará o espectador de "surpresa", numa obra que subverte estereótipos, sendo extremamente original (não por acaso, seu Roteiro foi o vencedor no Oscar).
Bom, é óbvio que existem muitos outros filmes sobre o tema mas, o que acharam da lista? Deem suas opiniões!
Nenhum comentário:
Postar um comentário