Aliás, os mais "puristas" poderão estranhar toda essa diversidade que pode ser conferida no disco - uma cacofonia de fragmentos, de vozes e de estilos que se mesclam e promovem um encontro entre o forró, o pagode, o hip hop, a eletrônica, spoken words, o funk e, claro, a MPB. Pode até soar confuso em uma primeira audição. Talvez até estranho, especialmente para quem se acostumou às ambientações mais populares (ainda que sofisticadas), que marcariam canções como Partilhar ou Quando Bate Aquela Saudade. Mas, ao cabo, Rubel mostra que não está estagnado. Que não está preso no mesmo lugar. Que pode misturar, ousar, utilizar referências literárias, apostar em releituras classudas (como de Assum Preto, de Luiz Gonzaga). Isso sem ignorar o lado político. E contemporâneo. Isso significa olhar para o futuro, mas sem renegar o passado. Buscando diálogo com o turbilhão de informações que rege os dias de hoje.
Nota: 8,0
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