Filho do consagrado músico Tim Buckley, Jeff não apenas honrou o talento herdado da família como ampliou o seu alcance, influenciando bandas tais como Radiohead, Travis, Muse, Coldplay, dentre outros - tendo recebido, inclusive, elogios entusiasmados da dupla Robert Plant e Jimmy Page (Led Zeppelin) após estes assistirem uma de suas impressionantes performances ao vivo. Unanimidade de público e crítica, Grace causou e ainda continua causando espanto nos ouvintes que tem o privilégio de se deparar com tão bela obra: seja por elevar o estilo pop rock a um patamar de grandiosidade artística sem precedentes, com influências de Jazz e até do Grunge, ou devido ao impressionante alcance vocal de seu criador, em uma entrega poucas vezes antes vista no mundo da música.
Da guitarreira de Eternal Life até o gran finale de Dream Brother, somos conduzidos a uma espiral de emoções e beleza que tornam impossível para o ouvinte ficar impassível diante de tão grandiosa obra de arte. E é no mínimo trágico que o mundo tenha perdido tamanha promessa de forma tão precoce - Buckley morreu afogado aos 30 anos de idade em um dos afluentes do Rio Mississipi enquanto cantarolava Whole Lotta Love do Led Zeppelin - embora não surpreendente. Sem sabermos se o que houve foi um acidente ou suicídio, de uma coisa temos certeza: que os anos vividos por aqueles que sentem as coisas de forma muito intensa podem perfeitamente substituir diversos outros de letargia daqueles que vivem anestesiados em rotinas sem sentido. E, mesmo tendo deixado uma significativa obra incompleta (que foi lançada, embora sem o aval final do músico), o que temos aqui é não apenas uma prova de genialidade artística, mas um registro de uma vida vivida em sua forma mais visceral e sincera. Uma obra-prima imperdível e emocionante!
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