Foi totalmente de surpresa que a Taylor Swift lançou seu oitavo disco na última sexta-feira - e já tá ficando meio repetitivo dizer que cada álbum dela é uma verdadeira coleção de grandes canções pop. Bom, não é diferente com este Folklore. Cheio de músicas maduras e bem arranjadas, o trabalho foi todo composto durante a pandemia e contou com a colaboração de Aaron Dessner do The National - a ambientação soturna está lá, naqueles pianinhos bem encaixados, melancólicos, que resultam em uma estética mais introspectiva, que parece deixar pra trás os tempos movimentados de Blank Space ou Shake It Off. É claro que isso não significa falta de energia: olhar para si próprio numa nota mais baixa, avaliar o entorno, tatear o desconhecido, também pode ser reflexo dos tempos duros que vivemos, condição ecoada por letras como a da dolorida e bela My Tears Ricochet - E eu posso ir a qualquer lugar que eu quiser / Qualquer lugar que eu quiser, apenas não em casa -, que surge logo depois de um dueto com Justin Vernon (o Bon Iver), na belíssima Exile. Bom, credenciais não faltam. É só você aceitar a grandiosidade de uma artista que, aos 30 e poucos anos, só melhora a cada lançamento. Melhores faixas: My Tears Ricochet, Cardigan e Betty.
não parei de escutar desde que lançou!
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