Como forma de homenagear as mulheres de nossas vidas pelo seu dia, comemorado neste domingo (08/03), nós, do Picanha, organizamos uma lista com
10 Filmes com Mulheres Fortes. Na nossa relação, tentamos equilibrar filmes mais antigos, com obras recentes, tendo a certeza que teriam ainda outra tantas películas que poderiam ser citadas.
1) Erin Brokovich - Uma Mulher de Talento: A obra de Steven Soderbergh, lançada em meados dos anos 2000, é o filme com mulher forte por excelência. Julia Roberts é a Erin Brokovich do título, uma mulher que divide seu tempo entre os três filhos e o pequeno escritório de advocacia para o qual trabalha. Quando descobre que uma pequena cidade no deserto está sendo contaminada pela água, ela convence os seus superiores a investigar o assunto mais a fundo. Julia, que faturou o Oscar por essa interpretação, dá um verdadeiro show ao equilibrar a fala mansa, mas ao mesmo convincente, para fazer com que os cidadãos cooperem nesse importante processo.
2) Thelma e Louise: Nessa pequena pérola filmada por Ridley Scott, em 1991, Susan Sarandon é Louise Sawyer, uma frustrada garçonete quarentona e Geena Davis é Thelma, uma jovem dona de casa. Cansadas da vida sem perspectivas que levam, as amigas pegam a estrada deixando tudo para trás. No caminho se envolvem em um crime, fogem até o México e passam a ser perseguidas pela polícia norte-americana. A obra, que levou o Oscar na categoria Melhor Roteiro, possui um final icônico que, certamente, encontra-se vivo, até hoje, na memória de qualquer cinéfilo.
3) Gravidade: Neste verdadeiro clássico moderno, Sandra Bullock vive a doutora Ryan Stone que, ao lado do experiente astronauta Matt Kowalski (George Clooney), trabalha em uma delicada missão espacial para consertar o telescópio Hubble. Um acidente provocado por uma chuva de destroços faz com que ambos fiquem a deriva no espaço sideral, sem qualquer tipo de apoio terrestre, tendo que lutar para sobreviver em um ambiente completamente inóspito. Sandra fica sozinha a maior parte do tempo e luta com todas as forças por sua vida. E nós, do lado de fora da tela, não paramos de torcer por ela em nenhum instante.
4) A Última Ceia: Entre os tantos méritos desse drama dolorido do diretor Marc Foster está o de ter possibilitado o primeiro Oscar a uma mulher negra - no caso, Halle Berry, que, como Leticia, tem uma atuação impactante. Leticia tem uma vida cheia de problemas, envolvendo um filho deficiente e um marido que encontra-se preso e condenado a cadeira elétrica. A carga dramática só aumenta após ela conhecer Hank Grotowski (Billy Bob Thornton), sujeito intolerante quanto a questão racial e seu filho Sonny (Heath Ledger). O final, que apresenta uma curiosa ambiguidade, é daqueles de fazer qualquer cinéfilo refletir por vários dias.
5) Ensina-me a Viver: Nessa delicada e bem-humorada comédia dramática de 1971, Ruth Gordon vive Maude, uma senhora de 79 anos apaixonada pela vida e que cativará, com seu jeito, o jovem Harold (Bud Cort), de apenas 20 anos, mas que tem obsessão pela morte - ao ponto de ser um frequentador assíduo de funerais e ao simular suicídios constantemente, para desespero de sua mãe. É dessa curiosa amizade que, com o passar do tempo só se fortalecerá, que surgirá um dos mais diferentes casos de "amor" da história do cinema. Para rir e chorar, às vezes ao mesmo tempo, do início ao fim.
6) Kill Bill - Volumes 1 e 2: Nesse filme de Quentin Tarantino, a "mulher forte" em questão é a vingativa Noiva, uma perigosa assassina vivida por Uma Thurman. Ela trabalhava em um grupo que tinha como líder Bill (David Carradine), mas acaba traída (e quase assassinada) no dia de seu casamento. Após cinco anos em coma ela desperta, com um único desejo: o de vingança. Tarantino inunda a tela com um referencial pop que vai dos filmes italianos de western spaghetti às séries com personagens orientais. Tudo embalado por uma trilha sonora irretocável de sucesso que vão do brega ao pop. Uma diversão do início ao fim.
7) Laços de Ternura: Debra Winger deixou o mundo apaixonado por Emma, sua personagem nesse belo drama, filmado em 1983, por James L. Brooks. Ainda que descubra um câncer terminal, Emma leva a vida de forma leve e bem-humorada, ainda que a sua relação com a mãe Aurora (Shirley MacLaine) seja um tanto conflituosa. Essas duas mulheres são o centro dessa pequena obra-prima, que tem ainda o marido que trai (Jeff Daniels) e um vizinho metido a conquistador (um hilário Jack Nicholson).
8) Terra Fria: Esse é um filme que aborda um tema que volta e meia aparece no cinema: o das conquistas femininas na seara trabalhista. Josey Aimes (Charlize Theron) é uma mãe solteira com dois filhos pra sustentar que é contratada por uma empresa de mineração de Minnesota, sua cidade natal. Ainda que o salário seja razoável, o trabalho é duro, algo agravado pelo comportamento machista dos homens, que não hesitam em provocar e assediar as mulheres. É o incentivo de Glory (Frances McDormand) que motiva Josey a ir justiça. O filme é denso e a trilha sonora - que conta com, entre outros Bob Dylan - é destaque.
9) O Anjo Azul: Neste clássico fundamental de Josef Von Sternberg, conhecemos o sisudo, respeitado e exemplar professor Immanuel Rath (Emil Jannings) que, ao descobrir que seus alunos estão passando cartões postais com fotos de uma sensual cantora de caberá (Marlene Dietrich), resolve ir até o local para pegá-los "na tampa". Só que Rath é envolvido de tal maneira pelo clima do local - e pela sedutora Lola que aparece usando meias compridas, cinta-liga e salto alto - que acaba se perdendo de forma constrangedora. O filme, avançado para a época, mostra como um homem é capaz de ir até as últimas consequências e até de sofrer todo o tipo de humilhação, quando diante de uma linda mulher.
10) Chocolate: Nesse "saboroso" filme, o protagonismo é de Vianne Rocher (Juliete Binoche), uma jovem mãe solteira que se muda com sua filha pra uma cidade rural da França. Lá elas abrem uma delicatessen, onde o destaque, como não poderia deixar de ser são os produtos feitos com chocolate. A comunidade aprecia, mas os frequentadores da igreja local que, pra piorar, fica bem em frente à loja, olham com desconfiança e ceticismo. Lançado em 2001 pelo diretor Lasse Hallström, o filme recebeu cinco indicações ao Oscar e até hoje permanece como uma das mais marcantes películas gastronômicas.