De: John Carney. Com Mark Rufallo, Keira Knightley, Catherine Keener e Adam Levine. Comédia romântica, 104 minutos.
A comédia romântica talvez seja um dos estilos mais previsíveis do cinema, em muitos casos valendo muito mais pelo caminho a ser percorrido do que pelo resultado em si. Bom, essa premissa não vale para o diretor John Carney e sua nova empreitada Mesmo se nada der certo (Begin again, EUA, 2013). Inspirado novamente no mundo da música - assim como no belo Apenas uma vez de 2006 - Carney faz uma oportuna crítica ao mundo das grandes gravadoras, repletas de homens engravatados e produtores cheios de vontade de manobrar qualquer artista que esteja buscando seu espaço.
Cansado disso tudo, o produtor musical Dan (Mark Rufallo, sempre uma boa presença), praticamente "cava" a sua demissão, ao discutir com o seu sócio. Na hora de afogar as mágoas, num bar, ele descobre muito por acaso a cantora Gretta (Keira Knightley, finalmente evitando as caras e bocas), acreditando que, ali, possa estar a chance de dar a volta por cima na carreira. Decidido a produzir as singelas canções da musicista, Dan sai a cata de músicos que estejam dispostos a executar as composições ao ar livre mesmo, em diversos pontos da cidade.
A obra até pode exigir do espectador um pouco de paciência dada a falta de verossimilhança de algumas situações - como no caso em que um grupo de crianças que está jogando basquete, se junta aos artistas formando instantaneamente o coro mais bem afinado da história. Mas as bem montadas idas e vindas do roteiro, as divertidas referências e os diálogos criativos fazem a experiência valer a pena. Isso sem contar os luxuosíssimos coadjuvantes que vão de Catherine Keener e Cee Lo Green, chegando até o Adam Levine, do Maroon 5, que no filme interpreta, vejam só, um rockstar. É pra se divertir.
Nota: 8,2
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